Um modesto morador,
qualquer um entre tantos outros, mantinha uma singela prática. Ele adorava
andar informado e instruído dos acontecimentos e fofocas comunitárias.
Os amigos, conhecidos
e familiares admiravam-se deste vasto conhecimento. Um doutor, na ciência
empírica, via-se formado em anos e décadas. Este dificilmente carecia de saber
de qualquer excepcional sucedido. Como poderia andar dão bem culto e esclarecido?
A solução consistiu
em observar seus hábitos e práticas. O fulano, com uma amizade ímpar,
relacionava-se com todo tipo de gente! Quaisquer arigós ou barnabés ostentavam-se
suas companhias e parcerias. Os humildes, sem nenhuma exceção, conheciam-no e
mantinham conversação!
Outra mania consistia
em tirar tempo para sentar e conversar com o pessoal do ponto de táxi. Os
taxistas sabiam dos boatos e fatos. Ele, por alguns momentos, sentava para
“degustar algumas cuias e a conversa rolava solta”.
Os motoristas, em
função de circularem pelos diversos ambientes e espaços, ouviam comentários e
falatórios diversos. Cada qual levava e trazia umas e outras boas! O lugar era
o ponto das análises e debates das conjunturas! Os casos e piadas nunca faltariam
no cardápio!
Cada cidadão possui suas habilidades e segredos! Os
modestos e pacatos cidadãos costumam saber dos sucedidos. Astuto e esperto é
quem sabe valer-se do conhecimento e trabalho alheio!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
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