A idosa senhora,
filha das colônias, continua firme e forte. Os sessenta e dois anos, no batente,
mantém-se na ação e execução. A aposentadoria, no salário mínimo, incide na escassez
de recursos. Os ganhos, na essência, permitem o amparo da decência e domicílio.
O problema, na falta,
advém no imperativo de reformas. A residência, no certo tempo, solicita ajustes
e tintas. O mero benefício sobrevém na impossibilidade. O jeito e maneira, no
peso da jornada, versam em persistir na faina. A lida absorve tempo e avigora
espírito.
Quaisquer dispêndios,
na água, fone e luz, advêm no controle e sustento. Os artigos, na descomunal
taxação, tornaram-se fausto. A cobiça fiscal, na certa e simples cobrança, ocorre
nos ofícios. Os coitados, na base da pirâmide social, saldam a maioria das
cargas.
A pessoa, na estirpe
de origem, alimenta afeição e zelo pela residência. O aferro e arranjo, nos
olhares dos estranhos, indicam abrigo de obstinado. A horta e pomar, no
adstrito espaço, complementam paisagem. O veículo, na boa condução, completa o conjugado.
O assunto benefício,
no assaz conferido, calha no gasto do ente público. O Estado, na má gastança,
obrigou-se a achatar e restringir ganhos. Os gestores, ditos protetores da
classe obreira, acabaram “ferrando despojados”. As ações, nos saldos, descrevem
o real dos intuitos.
A má
gerência, no rápido ou tardio, acaba na pilhagem da algibeira dos coitados. A
reserva financeira, no vigor da existência, sobrevém na instituição de
dividendos.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://www.portaldoconsumidor.gov.br/