Um camarada, boa vida e folgado, adorava as
festanças e passeios. A família, com suas saídas e vindas, sofria as
consequências das afrontas e dispêndios. O dinheiro, tão poupado e suado, “via-se
canalizado para o ralo”.
Os amigos, parceiros das barulheiras e
bebedeiras, perguntaram sobre as desfeitas. Estas de deixar a jovem mãe e
filhos em casa (na proporção deste encontrar-se na folia). O parceiro, no
entender dos companheiros, “deveria ter dó e peso na consciência”. Os familiares
padeciam nas dificuldades e preocupações. O marido, numa imprudência, gastava o suado dinheirinho (“nos bailes e bebedeiras
de beira de estrada”).
O cidadão, como resposta, externou a pérola:
“- O homem, tendo uma exclusiva mulher nas intimidades, assemelha-se aos cachorrinhos.
Estes, na ingenuidade e tenra idade, adoram brincar com o próprio rabo”. Quê
dizer diante da concepção e filosofia dessas? A espécie contém membros de todos
os gostos e paladares! Algumas ideias assemelham-se a duas! Cada qual tem o que
merece!
Algumas
companhias e parcerias mostram-se sinônimos de aborrecimentos e problemas.
Certas realidades descobre-se unicamente na proporção da convivência. O
indivíduo pensa conhecer com quem dorme!
Guido Lang
“Singelos Sucedidos
do Cotidiano da Existência”
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