O eleitor, na
política, anda enojado e ressabiado. Os candidatos, em poucos recursos,
circulam na baixa exposição. Os moldes, na antiga campanha, caem na execução.
As cervejas, em botecos e festas, induziam votação. Os jovens, em mídias, confiam
em redes sociais. Os concorrentes, no grosso dos elegidos (prefeitos e
vereadores), pensam em “arrumar própria vida”. O bom salário, no “baixo suor”, acode
na captação dos cargos. O bem comum, no exercício (do alinho e honra), aflui na
imprecisão da atuação. Os calejados entes, no êxito das urnas, praticam
tarimbada estratégia. O constituinte, na escolha pelo sufrágio, quer “conhecer e
contemplar os olhares do pedinte”. A conversação, em ares de amigo, reforça preceito
da confiança e negócio. O recurso, em bate-papo e visita, advém em frutífera técnica.
A ação, em resumo, assinala três eses: “muito suor, saliva e sola (-de-sapato)”.
O eleitor, na anterior das eleições, acode
adulado/comprado e, na pós-votação, confere-se atalhado/ignorado.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Político”
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