Uma empresa estrangeira,
muito correta e exigente no mercado fornecedor, comprava couros de determinadas
firmas. O produto, com a abundância de gado nos pastos locais, mantinha-se
comuns nas paragens regionais.
Vários fabricantes
ostentavam-se tradicionais exportadores e fornecedores. Estes, numa matemática
financeira peculiar, possuíam preços convidativos e inferiores a uma
concorrência familiar. Os valores, em
dólares ou euros, vinham mais em conta!
A determinada firma,
nos enxugamentos cá e lá, não conseguia esta cotação nos custos de produção! As
vendas, ao estrangeiro, mantinham-se esporádicas e ocasionais!
Os donos, num
encontro informal, conversaram-se sobre a questão preço numa feira
internacional. O comprador repassou o interesse de manter transações, porém externou
a questão preço maior (comparado à concorrência local).
O fornecedor, como explicação
de vendedor, revelou uma singela artimanha comercial: “- Fulano! Vê a qualidade
e metragem exata daqueles que dão os especiais descontos!”
O comprador, nas
próximas compras e remessas, mandou conferir os detalhes da qualidade e medir a
exatidão das mercadorias. Estas, a título de exemplo, constavam a medição cem,
porém podiam conter noventa e nove ou menos na metragem!
O correto, na lícita
prática, consistia em contar o informado (eventuais centímetros a mais do que a
menos como garantia e precaução). As duas empresas, depois do alerta e
revelação, tornaram-se exclusivos e parceiros de décadas!
A exata conferência
evita desperdícios nos lucros e revela-se sinônimo de sobrevivência nos negócios!
“Os olhos do patrão, nos pastos, engordam o boi!”
O cliente, dentro do competitivo mercado, merece a
correção e qualidade. O segredo do mascate consiste em criar à efetiva e
exclusiva clientela. A honestidade e transparência inspiram confiança e crédito!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.fernandacouros.com.br/