O encantamento, em
novo amor, pintava em alegria e fervor. A cegueira, em baque, assumiu fato. O
estranho, em exímio dançador e namorador, viu-se conhecido. A envoltura, em
adorado, caiu em convite. O convívio, em “brio da paixão”, assumiu forma. A
acolhida, em próprio apartamento, ocorreu na hospedagem. A circunstância, em
golpista, gerou alegados direitos. A condição, em aforada (filha única),
ampliou cobiça e exigência. A comparte, em perspicaz vigarista, despontou
preço. O patrimônio, em apropriação, acudiu na desunião. A transação, em
egressão, viu-se comerciada. A ação, em gigolô, acorreu em sustento. A senhora
moça, em desenlace (de saída), desprendeu aparelhos e veículo. A amarga lição,
em acomodar novo homem, despontou rejeitada. A instalação, em “parceria na
casa”, requer convívio e prudência. A
pessoa, na confiança e sedução, pensa conhecer enamorado.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
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