A mulher, numa
casualidade, vislumbra algum diverso. Procura, nos mínimos detalhes, averiguar
o ímpar achado!
A senhora, a partir
dum singelo detalhe, “vai da raiva ao xingamento!” Quaisquer palavras, como argumentos
e explicações, revelaram-se insatisfatórios e inúteis!
O achado, como
confirmação da suspeita, sucedeu-se na proporção do embarco no veículo familiar.
Algo completamente impensado viu-se estirado
sobre o assento!
Um comprido e perdido
fio de cabelo viu-se localizado. Este, de coloração loira, chamou atenção e reforçou
suspeitas! Como pode parar neste local impróprio do interior?
O fio, comparado aos
tradicionais curtos e pintados, contrastou de forma flagrante com os próprios (da
esposa). Ela, chefa do marido, procurou “certificar-se da prova do crime!”
O ciúme doentio, tendo
o parceiro como peça privada, tomou ares de ameaças, repreensões, xingamentos... A separação matrimonial poderia
concretizar-se!
As saídas, sob o
pretexto de negócios e trabalho, passaram a ser controladas rigorosamente nos horários.
Quaisquer demoras assumiam necessidades das explicações!
O parceiro, como desculpas
e justificativas, precisou de lábia e palavras. O marido, daquele dia em diante,
constituiu um acirrado e vigilante fiscal no seu encalço!
A confiança, entre
casais, mostra-se essencial à felicidade e êxito no relacionamento matrimonial.
A mentira, junto aos íntimos, torna-se difícil como forma de convencimento!
Cada qual tem em casa o que merece. Os ciúmes, em função
da insegurança, chegam a assumir ares de patologia. As marcas e sinais, aos
atentos e desconfiados, ficam encravados nas discretas e singelas pegadas!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
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