Uma família, com duas
mulheres e um marido, mantinha o azar da ausência de filhos. Alguma razão
impossibilitou a geração e continuação familiar!
Duas irmãs, com um
único marido, não tiveram a felicidade de gerar os devidos rebentos. Estes,
para os cuidados na velhice, apelaram às adoções e auxílio de parentes. Algum
acolhimento, depois de várias tentativas, resultou numa descendência. Os
conhecidos e vizinhos, nesta tradicional clã, estranharam essa anormal
realidade colonial!
Uns curiosos, nos
comentários gerais da venda, quiseram saber as razões dessa incomum escolha. Estes,
de forma discreta e informal, indagaram a parentes e vizinhos. As meras
suposições tornaram-se as respostas corriqueiras. Uns faziam uma leva ideia das
eventuais causas, porém não quiseram expor-se de forma aberta!
Um morador, para
abreviar detalhes e explicações da conversação, resumiu o tema. Este, sem
maiores floreios e rodeios, falou: “- A família deveria ter mudado o macho! Faltou
simplesmente o cachaço! O homem não fez a devida lição de casa! Este, muito
enciumado e possessivo, evitou também de algum outro em fazê-lo!”
As pessoas não poupam
em certos comentários e linguagens. Os vizinhos, como próximos, sabem muito da
vida familiar. Certos comparativos abreviam um conjunto de detalhes e
explicações! O esdrúxulo, como exemplo, mostra-se fácil de entender e memorizar!
Os órgãos vitais, para o pleno êxitos das funções
corporais, precisam funcionar a contento e em harmonia. A fidelidade extrema
revela-se sinônimo de confiança e crédito. Alguns indivíduos, em nome do amor e
da família, submetem-se a companhias e sofrimentos impróprios.
Guido Lang
“Singelas Crônicas do
Cotidiano da Existência”
Crédito da imagem: http://papodehomem2.wordpress.com