Os anciões, reunidos
na tradicional conversa informal, trocaram informações das muitas e variadas experiências
e vivências. As criações e plantações, como homens apegados a terra, revelaram-se
o centro das atenções e preocupações!
Os naturais, conforme
os relatos dos antigos, desconfiam do detalhe da natureza. A sabedoria colonial,
testada por gerações e vivenciada por séculos, estranha o florido e a frutificação
de tradicionais espécies!
O ipê roxo, nas encostas
e morros, deixou de ostentar o excepcional florido. O colorido, entre árvores e
pedras, ostentou-se mixo no corrente ano! O desfalque, no contexto da vegetação,
prejudicou o embelezamento natural e rural!
A jabuticabeira, na
safra setembro/outubro, careceu de ostentar a tradicional fartura. O descompasso
revelou-se acentuado aos passados anos. As frutinhas mantiveram ausência ou carência!
As aves sentiram o fraquejo!
A amoreira, em épocas
passadas, fazia a alegria e festa dos sabiás. Os resultados, comparado aos anos
passados, revelaram-se isolados e minguados! A produção mal avolumou sementes à
manutenção da espécie!
Os prenúncios, pela
tradição oral, assinalam dificuldades nas anuais safras. Os sinais precedem os
resultados. A revelação indica prováveis problemas de aquecimento, germinação ou
frutificação! A estiagem soma-se certamente ao quadro natural!
O produtor precisa
precaver-se às dificuldades. O trato animal necessita ser antecipado no cultivo!
Os investimentos fazem-se necessários em estufas, irrigações e reservatórios! A
produção, de frutas, hortaliças e verduras, precisa de cuidados redobrados!
O homem precavido antecipa-se as dificuldades e problemas!
Os rurais, a partir dos detalhes naturais, extraem conclusões dos desígnios produtivos!
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano
das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.assisramalho.com.br/