O
consumo, no exemplo do pão, caía no baixo preço. A farinha, no subsidiado, incidia
no moderado valor. Os pães franceses (“cacetinhos”), em passadas horas,
assistiam-se descartados (ao alimento humano). Os perpassados, em inúmeros
lares, incorriam no trato animal. Os cachorros e gatos, no pão seco e velho, acudiam
na indigesta ingestão. O curioso, em esfomeados animais, era recusar alimento? A
crise econômica, em alquebrados cofres públicos, redimensionou costume. As
mercearias e padarias, no posterior das dezenove horas, escasseiam do item. O
encalhado, na demasia de produção, advém na avaria dos negociantes. O dinheiro,
na parca venda, obrigou reavaliar atitudes. O idêntico, no abjeto custo, ocorria
na energia e gás. Os consumidores, na falta da “dor no bolso”, desperdiçam
artigos e serviços. As falências, em épocas e proles, acodem em ensinos e experiências.
O mercado, no livre exercício, corrige anomalias e desperdícios. O consumidor, no desprezo do pouco, repele
o muito.
Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”
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