As árduas
chuvas, no corriqueiro das primaveras, advieram nas colônias. Os residentes,
nas lidas das propriedades, caíram na dificuldade dos afazeres e serviços. Os
excessos, na umidade, criaram encharcados solos e valos. As atividades, na essência
das lavouras, pintaram no ensopado e inexecutável. Os abrigos depararam ajustados
e arranjados. As ferramentas assumiram-se afiadas e armadas. As lenhas averiguaram-se
abrigadas e cortadas... Os antigos, no outrora, doaram-se na função da
erradicação. As guaxumas, no decurso das ocasiões, sobrevinham no simples ajusta
e arranca. A lida manual, no inço disseminado aos quadrantes, auferia fácil extração.
O mister, no fraquejo das raízes, decorria no intervalo das precipitações. O ofício,
no advento dos herbicidas, advém no conto e deboche. Os jovens, na obra, gozam
do método e tempo. As tecnologias, no universal, extinguiram atribuições e profissões. A faina manual, na era das ciências e
técnicas, ocorre na visão de arcaico e excedido.
Guido Lang
“Fragmentos de
Sabedoria”
Crédito da imagem: http://territoriodobrincar.com.br/biblioteca-cat/olhares-brasil/olhar-para-comunidades/comunidade-alto-santa-maria/ - Foto de Renata Meirelles