A família já possuía
um casal de filhos. A ideia maternal consistia em ficar no número dois! O genitor,
como realização pessoal, resolveu externar seu particular pedido!
Os pais, com
oportunidades de estudo e formação, queriam oferecer o bom e o melhor aos
rebentos. A esposa, de maneira nenhuma, imaginava e pensava numa terceira
gravidez.
O marido, como
satisfação e sonho, pediu uma terceira encomenda. Ele, como princípio colonial,
dizia: “- Todas as coisas boas apresentam-se em número de três!”
Os afagos e insistências,
até convencer do contrário, foram constantes e grandes (com razão de conseguir
a concordância feminina). Esta por muito tempo relutou, porém aceitou!
A sorte, da encomenda,
foi lançada numa noite do período fértil. Uma menina, na proporção da espera de
outro menino, nasceu do resultado. Esta, para os manos (irmãos), via-se toda
mimada e privilegiada!
A filharada, em boa
dose, criou-se na brincadeira e solidariedade. Ela, no cuidado e educação,
careceu de maiores advertências e repreensões.
Os manos diziam: “- A
fulana! Mostra-se a queridinha do pai!” Os filhos, com saúde, crescem
despreocupados e rápidos! O indivíduo, a alguém, deve a vida!
Os caçulas, nos seios familiares, costumam ganhar maiores
afetos e mimos. O indivíduo, na rápida passagem terrena, precisa revelar-se uma
bênção e dádiva! A limitação do número de filhos, em função dos elevados custos,
tornou-se uma necessidade familiar e social.
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: lergiaalimentarbebe.spaceblog.com.br