Um professor, durante
décadas, atuou nas escolas das periferias urbanas. Este, como filho das
colônias, adorava trabalhar com o pessoal carente e modesto. Ele, com os
milhares de alunos passados em suas mãos, pode aprender muito da experiência e
vivência. Os alunos, do cotidiano dos lares e ruas, traziam os acontecimentos,
informações e malandragens.
O profissional, em
termos gerais, descobriu a desmotivação de inúmeras crianças (em precisar
ocupar-se com os conteúdos teóricos). Os estudantes, com raras exceções,
careciam de atrativos com a arte de calcular, escrever, ler, interpretar,
refletir, transcrever... A esperteza
como paliativo de solução foi dar-lhes algum mimo.
Aqueles ágeis e interessados,
na proporção de concretizar as tarefas propostas (de cada dupla de períodos),
ganhavam um tempo (de cinco a dez minutos) à de prática de esportes. Uma forma
de exercitar os músculos (do muito sentar). Os concluintes, depois de acompanhados e
avaliado na qualidade das tarefas, podiam ocupar-se dum esporte (futebol ou vôlei).
Os resultados, em
dias e semanas, viram-se magníficos. As choradeiras e lamúrias, do “de novo
professor”, foram suprimidas. O alunado vira-se atento e predisposto a iniciar
os estudos da disciplina. Os tradicionais desinteressados e morosos
obrigaram-se a estudar e trabalhar nos conteúdos. Eles ambicionavam os
idênticos benefícios e vantagens dos colegas (dedicados e esforçados).
O rendimento, em
função duma modesta estratégia, mudou toda uma metodologia e rotina. O ensino,
do valor do estudo como trabalho, foi primordial assim como “primeiros os
encargos e depois os prazeres”. A prática foi possível unicamente com o aval da
coordenação e direção escolar. O profissional, em momentos, obriga-se a fazer
aquilo que nem sempre bem concorda.
Singelos mimos fazem muita diferença no geral e produzem
magníficos frutos. Os resultados medíocres exigem mudanças de enfoque e prática.
Os paliativos nem sempre são adequada solução, porém são caminhos para suavizar
ônus. Sábio é aquele que consegue extrair água de pedra! Cavoucar ouro em meio à
terra seca!
Guido Lang
“Singelas Histórias
do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: http://www.educacaoassis.com.br