O habitante, no abuso
excessivo pelo mantimento, aplicou estranha peça. O envelhecido gato, no cochilo,
foi apanhado e ensacado. O remédio, na ideia do malandro, caía na procura de
novo lar. O animal, na garupa da bicicleta, acabou conduzido pela paragem.
Os cinco quilômetros,
na fantasia particular, seriam distância suficiente. A soltura, no engaiolado ser,
caiu na beira da estrada geral. A distância levaria a forçada migração. Uma nova
casa, na adaptação e sorte, adviria no intento. O Criador iria incumbir-se dos
cuidados.
O sujeito, na paixão
do armazém, demorou-se nos consumos e delongas. Algumas singelas horas foram corroídas
no descanso. As novas, nas ocorrências habituais, incidiram na informação e querela.
O cidadão informado, na serventia, perpassa no valor de dois.
O indiscreto ligou-se
ao regresso da viagem. O calejado gato, na alegria e bulimia, encontrou-se na cadência
de espera. O domicílio original fora achado e estimado. O artifício transcorreu
na incômoda e melancólica brincadeira. A astúcia execrou e traiu o amo.
O fato delineia a
dificuldade de trapacear o ancião e calejado. A esperteza felina chega a assombrar
o aferro humano. A animália, no código da natureza, ostenta manha da
permanência. Os animais, nas probabilidades, escolhem ambientes e benfeitores.
Certos
amigos, na surdina, advém como excepcionais inimigos. O sujeito, no mau trato animal,
alicia e incita a sinistra riqueza e sorte.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://gatos.mundoentrepatas.com/