Um camarada, com a
ideia de boa vida e folgado, adorava andar a toa e fazer suas caçadas. Uma
maneira, pelos interiores, de conhecer as diversas propriedades e roças. Este,
em poucos meses e anos, devassou o conjunto territorial de localidades.
O sucesso, na empreitada
de andarilho e caçador, ostenta-se antieconômico e dispendioso. O fulano, como
acomodado nato, mantinha um singular hábito. A cachorrada via-se atiçada e
instigada a correr atrás das presas (entre brejos, matos e lavouras).
O caçador/criador,
para evitar inconveniências e perigos, dava-se o cuidado de aguardar e
resguardar-se nas estradas de roça e trilhas de mato. As descuidadas e ingênuas
presas, de forma esporádica, recaiam-lhe unicamente na mira e tocaia.
O idêntico aplica-se
ao investidor e patrão. Ele, a peso de ouro (com os muitos encargos
trabalhistas), contrata empregados. Estes, em maçantes jornadas e trabalhos nas
linhas de produção, pouco empenham-se diante da sua ausência e controle. O dono,
na aparente acomodação e esperteza, resguarda-se no ambiente próprio da climatização
e silêncio do escritório. Os resultados cedo ostentam a falência e a penúria!
O investidor, como expert
da empreitada, precisa acompanhar e conhecer melhor as tarefas (do que os
próprios contratados). O chefe encontra-se vindo na esperteza e sabedoria na
proporção dos subalternos estarem indo na aprendizagem e conhecimento! Um
profundo conhecedor do negócio faz a excepcional diferença entre as duas
classes!
Quaisquer chefias precisam tomar a dianteira das ações e
exemplos. Os atos e gestos falam bem mais alto do que as explicações e
palavras. A dedicação e o trabalho são partes do segredo do sucesso e da riqueza.
A sabedoria popular versa: “- O olho do patrão engorda o boi”.
Guido Lang
“Singelas
Crônicas do Cotidiano da Existência”
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