O proprietário, no
veículo, precisou consertar a auto-elétrica. O estranho, na esquina da vila,
viu-se requisitado. Alguma peça viu-se necessário para fazer funcionar a corrente!
O mecânico, no
desfecho, cobrou e comprou mão de obra e peças. O dinheiro vivo custeou os
encargos! A felicidade consistia em ver o carro rodar e servir!
O detalhe no
pagamento, diante da maior nota, ostentou-se o troco. O profissional carecia de
valores à devolução. A solução consistiu em juntar a porção de menores notas!
O problema revelou-se
na carência de cinco unidades. O profissional disse: “- Beltrano! Paga noutra hora
ou oportunidade!” A proposição, a bom grado e sem atropelos, viu-se aceita pelo
cliente!
O valor, pela
experiência, via-se cedido e perdido. O esquecimento, como num lapso de
memória, costuma suceder-se nos casos! O credor incorre em perder cliente e dinheiro!
O devedor, noutra
hora, fez questão de passar e saltar o devido. O profissional, com alheia
correção e honestidade, ficou admirado e estático. Este parecia desacreditar no
ato!
Os anos transcorreram
e aquele rosto manteve-se familiar. A história, a título de curiosidade, foi
repassada aos amigos e conhecidos! Os singelos reais multiplicaram em estima e
respeito!
As palavras dadas e empenhadas, ao honroso homem, valem
como assinados e carimbados documentos. Às singelas afirmações e correções, nas
circunvizinhanças das relações, aumentam considerações e créditos!
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano
das Vivências”
Crédito da imagem: http://veja.abril.com.br