O morador, em
ocasional oportunidade, viajou as distantes paragens. A ideia, na viagem do
encontro de família, consistia em conhecer diversas gentes, ideias e lugares!
Algum suvenir, da
estada no lugar, precisou ser trazido como lembrança. A globalização, na sociedade
de consumo, carecia de oferecer novidades!
Na ida e vinda, na
ocasional parada, o sujeito deparou-se com excepcional palmeira. A beleza, na
exuberância vegetal, impressionou o forasteiro. A ausência, no torrão, levou a
genialidade!
O jeito, na
discrição, consistiu em amontoar sementes. Elas, do chão e floreira, acabaram ajuntadas
e trazidas. As dezenas foram inseridas na improvisada sacola!
O germe da vida e
relíquia vegetal, na essência do mato, foi semeado ao abrigo das geadas e
solares. O espaço, na propriedade, viu-se estranho ao ambiente nativo da
espécie!
O semeador esquadrinhou
a germinação. O insucesso, a princípio, tomara fato. O interior do bosque, em
meio a gigantes, parecia empecilho ao florescimento e propagação!
Os anos transcorreram
no esquecimento. O morador, na ocasional passagem, averiguou o cenário dos
coquinhos. As reminiscências achegaram-se das modestas frutinhas!
A surpresa revelou-se
bendita. As parcas sementes lançaram magníficos e robustos exemplares. A
natureza, no ritmo da espécie, brotara outro milagre!
As maravilhas
decorrem dos bucólicos empreendimentos. Ocasionais empleitadas podem resultar
em imortais obras. O admirável e atraente reside em cada qual fazer a parte!
O improcedente, em momentos, produz excelentes frutos. As
incumbências e tarefas descrevem o poder das conquistas e realizações dos indivíduos!
Guido Lang
“Crônicas das
Colônias”
Crédito da imagem: http://elekistao.blogfolha.uol.com.br/page/4/