O esfomeado e ingênuo
inseto, na fresta, adentrou na casa. O mosquito, no cochilo, abrigou-se no quarto.
O cansaço e escuridão, na vantagem, viabilizaram encher a pança!
O abundante e fácil alimento,
no sangue humano, permitiu saciar-se no exagero. O apetitoso e saboroso, na sedenta
fome, assemelhava o prato a divino elixir!
A vítima, no
imprevisto e incômodo, ascendeu à luz. O hematófago, na pressa, assentou-se
estufado. A coloração escura, na parede branca, denunciou-o no contraste!
A chinelada, no
dolorido do corpo, exterminou o azarado vivente. A sobrecarga alimentar, no
peso e tamanho, impossibilitou apressado esconderijo e sobrevôo!
A imprudência, na
afobação, ceifou a existência. A ganância, no desejo do acúmulo e reserva, gera
insegurança. A sabedoria, na medida dos extremos, consiste no meio termo!
A esperteza e inteligência residem no bom senso. A apropriação
indevida, na malandragem e pilhagem, conduz a denúncia e ruína do acerto de
contas e confisco!
Guido Lang
“Crônicas das
Colônias”
Crédito da imagem: http://animals.nationalgeographic.com/animals/bugs/mosquito/