O pacato lugarejo, na
paragem, nutria analogia. Os residentes, como filhos das colônias, possuíam
centro comunitário, dialeto local, escola particular, igreja cristã, modelo
peculiar...
A colonização, no século
de isolamento, compôs desenvolvimento autóctone. A mentalidade colonial, inserida
na cultura latina, ganhou adequação e particularidade!
O distrito, na onda
das emancipações político-administrativas municipais, ganhou autonomia. A
municipalidade, na proximidade do poder público, propagou progressos!
O caminho de acesso,
na facilidade das estradas, trouxe a implantação do asfalto. Os deslocamentos granjearam
ágil e intensa circulação dos automóveis e pessoas!
A identidade, na
década sucessiva, tornou-se desfigurada. A incursão dos estranhos tornou-se hábito.
Os apegos locais viram-se dissolvidos nas diferenças e novidades!
A ambição e
egocentrismo, na ideia das aparências e posses, dominaram no implante da
filosofia do consumismo. Os valores tradicionais perderam expressão e
participação!
O figurino consistiu
em “conduzir possantes máquinas”. A tranquilidade foi “pervertida na admissão
da parafernália tecnológica”. O progresso altera apego à cultura local!
A humanidade, na diminuição das distâncias, conduz-se na
direção da relativa uniformização. Avanços carecem de ser sinônimos de felicidade
e realização!
Guido Lang
“Crônicas das
Colônias”
Crédito da imagem: http://www.es.gov.br/