O filho menor, ao pai
jovem, interrogou sobre a trajetória de vida. Como seria a vivência no
desenrolar dos anos e dias? Uma profecia para revelar à criança!
O genitor, em poucas palavras,
elaborou uma peculiar explicação. Uma maneira de auxiliar e definir rumos duma
existência! Apontar algum norte a partir da própria experiência e vivência!
Este, em modestas
palavras, valeu-se da sabedoria das figuras de linguagem. Uma maneira singela
de fazer-se entender! O paizão, num comparativo a casa familiar (em construção),
comparou a trajetória terrena!
O cidadão, em
primeiro plano dos tenros anos, acha lugar, compra terreno, elabora planta, estabelece
medidas, projeta valos, providencia materiais... Os alicerces, aos poucos, instalam-se
e a construção toma forma!
Os materiais, como
areia, cimento e pedras, revelam-se os artefatos! Os conhecimentos, estudos e
experiências norteiam os passos! A convivência e estudo são a colher do
pedreiro! Os pais, professores e vizinhos mostram-se os profissionais da obra!
As paredes e vigas,
num segundo plano, seriam os ensaios das penosas jornadas. A profissão e
vocação, como ganha pão, tornariam-se o esqueleto (com divisões e paredes).
Os anos de jornada,
com penosa carestia e economia, custeariam os muitos encargos do empreendimento.
Alguma área ou puxado tornariam-se os filhos/manos!
O telhado, na
terceira fase, viria na sabedoria dos anos. O cidadão, nas muitas e variadas
vivências, procura fazer arremates, fechar aberturas, introduzir móveis... o
ciclo das intempéries via-se suavizadas!
As reformulações e restauros
seriam os constantes aprendizados. O tamanho adviria da quantidade de anos. A
construção, de modo grosseiro, mantém-se inacabada! Alguns acréscimos ou
readaptações fazem-se necessárias de forma contínua!
O bálsamo e mimo,
como formosura e solidez, decorriam das delícias do uso. Os empregados conhecimentos
e habilidades revelariam a grandeza das conquistas e ideias!
O dom da palavra consiste em fazer entender-se em
singelas explicações. Exemplos concretos facilitam a compreensão da cultura
imaterial. As virtudes, no cotidiano das vivências, revelam a grandeza do
espírito e da inteligência!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências!”
Crédito da imagem: http://www.hiperativo.com