O morador, encravado
no domínio, nutria ânimo e apreço. As cercas-de-pedra, lembrança dos pioneiros,
advinham no amparo e proveito. O patrimônio histórico-cultural, nos cercados do
pastoreio (das colônias), estendiam-se nos arredores das divisas e pátios.
Os fragmentos,
extraídos nas duras penas (nas pedreiras de grés), foram ajustadas e empilhadas
na minúcia. Os trajetos de rocha, no refúgio de plantas e répteis, rasgavam charcos
e florestas. Os animais, na ajuda do arame (farpado), aferiam demarcação e respeito.
O colonial, em ocasiões,
obrigava-se no encargo do conserto. O ofício, na sociedade do filho, sorvia
sangue e suor. A habilidade, em seixos, abala o conjunto das energias. Escassos
metros, na exclusiva jornada, assistiam-se vencidos. O ciclo, em passos,
perpetrava o parto.
O artifício, no desmonte,
expôs o segredo. As peças, densas e maiores, eram assentadas no alicerce. O
lado saliente caía no externo. A inclinação pendia no interno. O miolo, no vácuo,
era enchido nos retalhos. Os recortes caíam na constância e resistência.
O pai, na energia do
braço, ajustava as fortes e salientes partes. O filho, nas singelas unidades, introduzia
os brandos e simples. O contíguo, no treino, definia a construção. Os miúdos, nas
conexões, davam a firmeza. A afeição e noção, no reparo, fluem no mando.
Os afazeres
e apegos instruem-se a partir da branda época. As pedras, em décadas e gerações,
perpetuam aptidões e ciências.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://br.geoview.info/