O
pacato cidadão, de baixa formação escolar, instalou modesta feira. O negócio,
na esquina da periferia urbana, fazia excepcional movimento de clientes!
As
vendas, no geral, permitiam boas arrecadações e razoáveis lucros. Familiares, como
auxiliares, viram-se empregados. Os sonhos de consumo puderam ser adquiridos!
A
microempresa absorvia a totalidade do tempo. O expediente, na jornada, assumia quatorze
horas diárias. Dezenas de outras acresciam aos sábados e domingos!
A
clientela afluía na proporção das promoções. Alguma especial somou-se as
tradicionais. Os produtos da safra ganhavam ampla oferta e venda!
A
placa, em grandes letras, dizia: “Pipino – Um e noventa e nove o preço do
quilo”. Espertalhões e gozadores implicaram na dúvida: trata-se de vender problemas
ou verduras!
Um
amigo e colega alertou de tratar-se de eventual pepino. O dono, de amarrada cara,
revelou-se categórico: “- O pipino é meu e vendo com o nome que quiser!”
Outro
mais deu os ares da graça: “Artigo novo? Desconhecia o fato de vender problemas!”
A solução, diante da chacota, foi pesquisar e corrigir o equívoco!
Uma
modesta letra pode fazer total diferença no significado da palavra. O
vergonhoso não consiste em errar, porém insistir no erro. Perguntar e pesquisar
ostenta-se sabedoria!
O indivíduo, nos negócios,
precisa ser expert. A informação, como interrogação, evita uma porção de
atropelos e correrias!
Guido Lang
“Crônicas
das Vivências”
Crédito da imagem: http://portugues.torange.biz/Plants/Vegetable-and-water-melons/Pepino-no-jardim-de-2048.html