O comprador, no
carvão vegetal, afixou peso e preço. O caminhão, no transporte do artigo,
sobrevinha nos afirmados nove mil quilos. A ocorrência, em dezoito anos de trato,
incorria na fé e vigor. A pessoa, em comércios, deve confiar no receio dos iguais
e próximos.
O pacto, na confiança
e união, fluía assentado e estável no semanal. A troca, no motorista de
caminhão, aconteceu no decurso. O rodízio, na mão de obra, advém no costume do espaço
das firmas. O pormenor, no assunto “companheiros”, incidiu no inesperado.
O arranca-rabo, na destreza
profissional, induziu comentos e sarcasmos. O novato, na acertada altitude,
“abriu a boca”. O peso, na real da condução, caía nos oito mil e quinhentos
quilos. A meia tonelada, na falta aos nove mil, induzia no ganho e roubo do transportador.
A achada, na tramoia,
induziu a bate-boca. O fabricante, no logrado, requereu ressarcimento. Uma
fortuna, em extensos anos, fora surrupiada. A discórdia, entre outrora amigos e
sócios, assumiu corpo. A achada, na queda de braços, induziu a geral ligação.
A malandrice, aos
quatro ventos, acabou disseminada. O empresário, no final, cerrou portas. Os
fornecedores, na fraude, careceram de prover o artigo. Parcerias novas, na mútua
sobrevivência, foram imperativas na busca. O lema, na boa fé, versa em viver e
deixar viver.
A iniquidade,
no momento, parece deveras vantajoso, porém no tempo resulta no dano. O correto
e justo, no exercício efetivo, eterniza afinidades e confianças.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://geoconceicao.blogspot.com.br/