O indigente lenhador,
na oferenda de faina, achegou-se ao alheio domínio. A penúria, na dificuldade
do nativo, caía na piedade. A necessidade de braço, na propriedade, incidia na acentuada
falta. A abastança, nos artificiais matos, caía na colheita da madeira.
O corte, na lenha em
metro, cometia na precisão. A oferta, na tentativa de agendar escambo,
acontecia no acentuado cálculo. O “meia a meia”, na derrubada, acabaria no provável
acerto. O problema, na fiança da legislação, relacionou-se aos vínculos trabalhistas.
O plantador, na
impossibilidade de assinar carteira, queria distância dos acertos e serviços. O
ambíguo, no acidental desastre ou ocasional desacerto (entre partes), acabaria
nas contendas judiciais. A compensação, na adversidade, poderia sorver os bens
de família.
As pessoas, em função
das necessidades, achegam-se como excepcionais amigos. O indivíduo, ciente das privações,
compadece-se da situação. A legislação trabalhista, nos ardentes direitos dos empregados,
obriga a dizer “não”. O equívoco cai na tardança do bosque.
Os medos acontecem no
envolver das relações. O dinheiro, no assunto tempo, cria direitos e disputas. Os
falatórios, em artifícios de terceiros, aguçam barulhos e discórdias. A amizade
procede no processo e rancor. O dono, no saldo, acaba inimizado e punido.
O risco
de arriscar o muito para angariar o pouco sobrevém na ousadia. A precaução, na informação,
sobrevém aos empreendedores e investidores.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: https://velhosamigosnh.wordpress.com