A vizinha, filha das
colônias, pediu carona. A acidental presença, no armazém, permitiu a gentileza.
O condutor, no carro particular, achava-se nas compras e distrações. O retorno,
na facilidade da situação, conduziu ao pedido. A pernada, na carga, entrou na reserva.
O alerto, no contíguo, foi: “- Nada de
falatórios e problemas com marido”. O bate-papo, no percurso, estendeu-se sobre
acontecimentos e experiências. A dita-cuja, no espírito jornalístico (no
ambiente comunitário), adora espalhar e repassar os acontecimentos.
A companhia, no sucinto da conversa,
permitiu a “atualização do noticiário”. A cidadã, na descida, indagou do dispêndio.
A boa educação, na pergunta pelo débito, entrou na avaliação e consideração.
Uma mão, nos imperativos, costuma lavar a outra nos interiores.
O motorista, na elegância, proferiu: “-
Custa nada! Conta, no próximo bate-papo, a nova do dia”. A cidadã, no singelo
sorriso, concordou na circunstância. A fama, no desperdício da vocação (repórter),
sucedeu no cálculo. Circunvizinhanças julgam as amizades e conversas.
As pessoas, no universal, possuem
extrema necessidade de conviver e relacionar. O mensageiro, no ardor da
informação, trabalha costumeiramente no espontâneo das remunerações.
Guido Lang
“Singelas Crônicas
das Colônias”
Crédito da imagem: http://startupi.com.br/