O indivíduo, com a
idade e profissionalização, torna-se um professor! Ensina aqui e acolá na
proporção de administrar e inovar empreendimentos. Qualquer pessoa, nalgum
item, ostenta-se um exímio conhecedor de área/tarefa. O principal, nisso tudo,
consiste em propagar/perpetuar esse conhecimento para filhos e jovens. O
exemplo, pela convivência, fala mais do que mil palavras.
Um
certo colono, como plantador rural, precisou investir muito em equipamentos e
maquinário. Cada vez mais caros, eficientes e maiores! Este, com um único
filho, precisou continuamente de complemento de profissionais. Eles andam muito
escassos nas atividades primárias. Prevalecem a ideia dos bons e renumerados
empregos somente existirem nas cidades. Os jovens, de maneira geral, não querem
comprometer-se com trabalhos nos finais de semana. Estes fazem vistas grossas e
riem de algum patrão falar em labutar, em momentos ímpares, nalguns feriados,
sábados e domingos. A agricultura e pecuária, com a época e tempo próprio, não
permitem esperar. Certas tarefas, com uma boa chuva, obrigam a realização no
tempo hábil/dia propício.
O
senhor, investidor agrícola, obriga-se, volta e meia, contratar alguns
assalariados. Jovens interessados em continuar nos manejos do campo e da
lavoura. O curioso: as escolas pouco acrescentam/formam nesta área. Os
ensinamentos dão-se na prática do cotidiano. O investidor precisa ensinar as
artes e manhas da direção e manutenção das máquinas, eficiência e segredos do
plantio, cuidado e trato de animais... A necessidade, em inúmeras situações,
tornaram-no um professor (empírico).
O
cidadão, no momento das explicações, descobriu um critério de avaliação. O
ensinado para dar certo ou não (no proposto). Ele precisa ter noção e interesse
à tarefa, levar cuidado/jeito e gosto (caso contrário não pode manejar
“artefatos milionários”). O aprendiz, como interessado/vocacionado, fica com
“os olhos vidrados”, assimila e refaz o externado (com facilidade), ostenta
alguma noção de direção e mecânica... O elemento, desligado e direcionado (a
outros interesses), cedo mexe no celular, olha para os lados, repara horas,
desatento em detalhes... O senhor, de imediato, detecta o real desinteresse.
Observa a carência de maior vocação (no que dispensa). Recorre a outro com
razão de fazer os devidos investimentos e oferecer chances de formação.
O difícil consiste em esconder/trapacear
quem conhece certas realidades do trabalho. Onde muitos querem ir, outros
poucos encontram-se no retorno (a um bom tempo). O jeito vocacionado, para certos
negócios, revela-se de imediato aos olhos atentos e treinados. Quem coloca
fortuna nas mãos de aprendizes e novatos incorre em grandes riscos de perdas
monetárias. Inúmeros adultos, na compreensão dos jovens, são chatos e
inconvenientes (na proporção de cobrarem eficiências e resultados). O
indivíduo, nas muitas atividades, mostra-se continuamente avaliado e reparado.
Guido Lang
Livro "Histórias
das Colônias"
(Literatura Colonial
Teuto-brasileira)
Crédito da imagem: http://www.fotosbonitas.com.br/campos/campo-casa/