Os malandros, em
prováveis conhecidos ou vizinhos, incidiam no costume. As incursões, em escondidas,
visavam extrair conveniências. O açude, em adjacência da casa, achava-se no cerne
do potreiro. Os pescadores, em abusados e improvisados, consentiam propositais
rastros. Os anzóis e redes, em nacos, caem em fiapos. Os invólucros, em
garrafas e latas (cerveja e pinga), afluíam em provocação. A mulher, em
enviuvada senhora moça, arrumou velada associação. A companhia, em calejado homem,
tratou de impor ordem e respeito. O alarde, em cachorros e quero-queros, regeu
na instantânea ação. A surpresa, em três potentes disparos, serviu de alerta e atenção.
A ameaça, em porvindoura visita, adviria em acerto das diferenças. Os
indesejados, em ligeira retração, desviaram direção. O morador, em falha de “objeto
de consideração”, acode em escárnio. A casa, em falta de cônjuge, calha em agravos
e arrojos. O estampido, em arma de fogo,
ostenta aviso de linguagem universal.
Guido Lang
“Histórias das Colônias”
“Histórias das Colônias”
Crédito da imagem: http://www.sindasp.org.br/