Um colonial mantinha
uma paixão pelas caçadas. A atenção, no contexto das plantações, via-se recaída
sobre as lebres! O prejuízo, em lavouras de amendoim, mandioca e soja, viam-se
acentuados!
Os animais silvestres,
em meio ao instinto de sobrevivência, mantinha uma singela artimanha. Estes, na
proporção da ausência de tiros, despistavam a ingênua cachorrada. Os caninos,
unicamente bem treinados na habilidade da caça, conseguiam apanhar eventuais
vítimas.
As presas saiam a
correr roças e potreiros afora! Elas, em imensos círculos e curvas, percorriam
os espaços. Os cães, na proporção da ausência de maiores treinos, iam no
encalço delas. O rastro, numa altura, via-se simplesmente perdido/sumido!
As lebres, no final
das incursões, retornaram ao esconderijo/moradia original. O ousado caçador, na
tocaia, iria tentar apanhá-las. As presas, de todas as maneiras, evitavam de
refugiar-se em brejos e matos. O tipo de vegetação dificultava a ação dos pulos
e saltos!
O idêntico, a grosso
modo, aplica-se aos humanos! Estes, por alguma razão no alvorecer da velhice,
obrigam-se a retornar/visitar o local de nascença. Um chamado íntimo, na proporção
do tempo, atrai/chama para rememorar e rever o torrão. O local, com a vida
familiar inicial, ostenta-se uma espécie de solo sagrado!
Certas atitudes e procedimentos carecem de maiores
explicações! Os instintos, em meio à racionalidade, assumem aparência de adormecidos,
porém estão ativos! As espécies possuem seus dons e segredos de sobrevivência!
Guido Lang
“Singelas Fábulas e
Fragmentos do Cotidiano das Vivências”
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