Uma família resolveu
mudar-se no interior do lote colonial. Ela, dos fundos da propriedade, mudou-se
próximo a estrada geral!
As facilidades de
acesso possibilitariam uma série de conveniências. A instalação de luz, facilidades
de escoamento da produção e os passeios ágeis foram causas da transferência.
O problema maior, no
comprido e estreito lote, residia na carência de água. O líquido, na ausência
duma fonte natural, levou a improvisações e investimentos!
O conhecimento humano,
na ausência das caixas d’água, precisou pensar e inovar! Criar alguma solução esperta
e viável diante da adversidade da carência natural!
O jeito, com a
ausência do encanamento da rede comunitário, consistiu aproveitar as
intercaladas chuvas. As onerosas cisternas, como sólidos reservatórios, foram edificadas
nas instalações e moradia!
O sistema, por uns
bons anos, funcionou a contento. A criação da rede comunitária levou a aparente
aposentadoria das instalações. As reservas, diante dos eventuais problemas na comunidade
de água, mantêm-se valiosos complementos e socorros!
O idêntico aplica-se
a sabedoria financeira. A poupança, a semelhanças das cisternas, vêem-se
criadas no período das bonanças. Os depósitos, na época das vacas gordas,
suprem o tempo dos meses das vacas magras (estiagens).
Algumas reservas
mensais, guardados nas cisternas das poupanças, mostram-se prudência às
intempéries da existência. Os valores, salvo necessidades inadiáveis,
revelam-se um capital inexistente!
Um colchão d’água, como reservatório no cotidiano das
despesas, ostenta-se economia, prudência e sabedoria. Um fundo de reserva, às
distâncias e madrugadas, evita engrossar filas dos pedintes e usuários nos
serviços públicos. A velhice serena e tranquila, no caminho do inadiável infortúnio,
requer o socorro das cisternas financeiras!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Barra-de-ouro/