A raposa, como muitos de qualquer
espécie, achava-se um ser privilegiado da natureza, quando o Criador abençoou-a
com o vigor do cheiro.
Esta,
acrescida da inteligência, achava-se
astuta e sábia, quando desafiava frutíferas e poleiros. Ela, na sua
compreensão, entendia-se resguardada de maiores adversários. A inconveniência
do perfume (natural) afugentava quaisquer inimigos, porque pareciam sufocar a
muitos. A espécie, a cada aurora e crepúsculo, agradeciam ao Todo Poderoso por
tamanha dádiva, quando ostentava alegria de peregrinar e viver.
A
espécie, por milênios, parecia viver imune a maiores oponentes, quando a
realidade mudou com o “achado da América”. Os forasteiros, através de navios,
trouxeram a cachorrada! Os caninos a partir do cheiro, movem uma perseguição implacável as raposas. Qualquer galinheiro ou pomar costumamente mantém a
cilada canina, quando a alegria e o orgulho desses animais consiste em exterminar semelhantes.
As aparentes dádivas, conforme o contexto, possuem o lado bom e ruim! Certas
ilusões perseguem as espécies! As virtudes atuais, no amanhã, poderão ser
adversidades ou continuas conveniências!
Guido Lang
Livro “Histórias
das Colônias”.
(Literatura
Colonial Teuto-brasileira)
Crédito da imagem: http://zayandder.webnode.com.br/a-raposa-brasileira/
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