O cozinheiro, na “arte
dos alentos”, advinha em perito. A aptidão, no cochilo, chateava nas conversas.
O “mestre-cuca”, no procedimento pessoal, “cantava louros dos próprios feitos”
(“aos quatro ventos”). O autoelogio, na comento (da virtude), incidia em “ares
de inoportuno”. O sensato trio, na insinuação, importunou-se na alocução. O exato
cozido, no ajuizado ambiente, aglomerou gente. O cozido, num panelão, “evocava triunfos
do reunido”. A ladainha, no contexto, difundiu-se nos presentes. Os malandros,
no pré-cozido, aguardaram momento. O elementar cochilo, na saída (ao sanitário),
admitiu acréscimo (de açúcar). A mistura, na ausência de experimento, transcorreu
imune. O servido, no carreteiro, mostrou-se indigesto (na mistura doce com salso).
A comida, no tamanho esmero, faltou em apreciadores. O prato, no desfecho, parecia
impróprio (aos cães). Os humanos, na auto deificação, nutrem aversão e ciúme. A conduta, em sensatos amigos, dispensa concorrências
e inimizades.
Guido Lang
“Histórias
das Colônias”
Crédito da imagem: http://gambira.org/