O político, no ciclo dos
mandatos, descobriu manhas dos eleitores. Os chamados, nas emergências, afluíam
em benefícios e pedidos. As famílias, no feitio de carentes e coitados, constituíram
“romaria”. A casa, no afamado e senil vereador, acudia na exigência e visitação.
Alguns, em edificação, acudiam em solicitadas de aterro. Distintos, na ausência
de grana, insistiam na aquisição de remédio. Múltiplos, na encanecida amizade, requeriam
folia (em carne e cerveja)... O vereador, no salário (do Legislativo), investia
acentuada quantia. O candidato, na avançada idade, pintava superado na contenda.
O eleitorado, na porção de jovens, discorria em renovação do quadro. Os
resultados, no ilustrado das urnas, registraram conto. O calejado, no universo
de trinta mil, avolumou dois mil sufrágios. As conversas, no município, perpassavam
em “nenhum eleitor ter dedicado voto”. Os afagos, na ocasião da inserção da
cédula, direcionam interesses. A idade,
no padecido, ensinou ciência da vontade popular.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Político”
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