A vila inteira, numa quarta,
parecia enfurnada nas casas. Vários moradores precisaram dormir em função do
trabalho (noutro dia). Algum mais enfiou-se residência adentro. Este temeu pela
segurança. Os velhos, como sabedoria de vida, possuem o hábito de dormir e
acordar cedo. Poucos, como zumbis da noite, adoram agitar e percorrer as ruas. Cada
qual tem seus hábitos e princípios de vida!
Uma turminha de
amigos/torcedores, em função de jogo (televisionado), agitou o ambiente.
Primeiro: aquela comilança/churrasco! Segundo: bebedeira/cervejada! Terceiro:
gritaria/torcida. Quarta: frustração/vibração. Quinto: algum bêbado/inconveniente
não deixaria de berrar/gritar. O cidadão, até umas cinco da matina, “parecia
endemoniado”. Este, com suas conversas (sem maior nexo e num volume impróprio),
rompia o aparente silêncio do lugarejo/vila. Ele, naquela noite, atormentou
algumas centenas de moradores.
O barulho, com os
volumes da aparelhagem eletrônica, tornaram-se uma problemática social. Uns
abusados/ousados não respeitam os direitos alheios ao silêncio. Obrigam outros
a escutar seus gostos (como preferência geral). Algum inoportuno, diante da
maluquice humana, leva algumas facadas, pedradas ou tiros, desconhece as
causas/razões.
A paciência e o trabalho, de ligar para polícia e esperar resultados, poucas vezes funciona a contento. Outros, para baixar volume, mandam avisos por celular/torpedos. Algum mais, protegido pela escuridão, joga pedra no telhado dos barulhentos. Algum abusado, na maior indiferença, continua na bagunça. A vida, nos grandes cortiços e favelas/centros urbanos, passou a valer pouco e não passa de número estatístico nas tragédias. Inúmeros indivíduos andam com os nervos na flor da pele, por isso “todo cuidado é pouco” para quem expõem-se.
A paciência e o trabalho, de ligar para polícia e esperar resultados, poucas vezes funciona a contento. Outros, para baixar volume, mandam avisos por celular/torpedos. Algum mais, protegido pela escuridão, joga pedra no telhado dos barulhentos. Algum abusado, na maior indiferença, continua na bagunça. A vida, nos grandes cortiços e favelas/centros urbanos, passou a valer pouco e não passa de número estatístico nas tragédias. Inúmeros indivíduos andam com os nervos na flor da pele, por isso “todo cuidado é pouco” para quem expõem-se.
Nalgumas realidades, onde parece não haver problemas, próximos
criam-nos! Tornou-se difícil encontrar descanso e sossego nos ambientes
urbanos. “O indivíduo, debaixo dos panos, nunca sabe o que rola!” O prudente pensa
umas cem vezes antes de tomar atitudes extremas. Quem comercializa porcaria
pouco importa-se com as consequências.
Guido Lang
“Singelas Histórias
do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Favela_de_Manhua%C3%A7u_MG.jpg