As pessoas, na
sociedade de consumo, externam habituais pedidos e sonhos. As rezas, na paz dos
ambientes, calham no adereço do Todo Poderoso. O Criador, nos modelos usuais, deveria
assessorar na aquisição do carro, edificação da casa, junção da riqueza... O
beltrano, na fortuna de nascença, caiu na benzida existência. Os ancestrais, no
acúmulo e labuta, tinham legado fazendas e negócios. A casa, dinheiro e
imóveis, em frutos, foram avolumados e herdados. A sociedade, na esposa, adveio
na analogia e sorte. Os filhos, na perfeição, achegaram no amor e número. A
grana fluía na facilidade e fartura... O sujeito, na escassa ressalva, ocorria
no singular petição. O Supremo, na rogação, deveria manter angariado e
usufruído. A energia mental, na homília, incorria na ciência e prudência. Os fervorosos,
na primazia, recorrem aos exigidos e negócios. O coeso, nas muitas bênçãos, incide
em absorver-se nos agradecimentos. A
vida, na acaso da seleção, assume maior brinde e doação.
Guido Lang
“Fragmentos de
Sabedoria”
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