O funcionário, em
assistente técnico (da velha equipe de gestão), aproveitou direito. As férias,
em trinta dias, foram requeridas e usufruídas. A administração nova, no ínterim
do tempo, apossou-se do ambiente. As caras novas, em equipe própria (do
secretário), foram instituídas na direção. A chefia, em portas cerradas, determina
ordens. O comitê executivo, em molde do politburo (da extinta União Soviética),
adotou cópia. As decisões, em direito, provém de cima para baixo. Ao técnico,
em quadro estatutário, convém meramente apreciar e obedecer às disposições. As
discussões, em inovações e sugestões, acertam na completa abstinência. O
servidor, em velho camarada da ideologia, apreciou ciência (do alcance e poder totalitário).
O computador e mesa, em tidas no mister, viram-se confiscados (em achegados). O
sujeito, em gaiato, ficou perambulando pelas salas. A recolocação, em ares de
ostracismo, calhará no presumível. O
serviço público, em peripécias, descreve contos e romarias.
Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Político”
“Histórias do Cotidiano Político”
Crédito da imagem: http://sciencepole.com/