Uma majestosa
árvore, da espécie do guapuruvu (Schizolobium parahyba),
encontrava-se localizada numa estrada geral. Mantinha-se uma referência no
lugar. Esta levou décadas ao seu desenvolvimento. Imaginava-se parte do
patrimônio ambiental. Entendia-se segura em função da existência duma
legislação ambiental de proteção assim como pela sua excepcional beleza.
O tempo
transcorreu e nada de maiores ameaça e aborrecimentos. O fato mudou unicamente
na proporção do dono (da escritura pública) edificar uma casa. A altura e
grandeza tornaram-se um perigo à
construção, quando, numa ocasião, ocorreu o inimaginável. Passaram-lhe, num
domingo de manhã, uma motosserra no tronco, retalharam galhos e colocaram
produto químico (na cepa para o extermínio). Ficou o cenário como se nunca tivesse existido nada naquele espaço
e nenhuma coisa pôde ser feito para recompôr o ato. A árvore teve a ilusão de
ter sido dono daquela área.
O idêntico
aplica-se aos donos de terras, que encontram-se lavradas em escrituras públicas.
Os contribuintes gastam enormes dispêndios (em dinheiro e tempo), no que
acham-se proprietários. Eles são diante da legislação porém compraram
unicamente o domínio sobre uma “camadinha do solo” (o subsolo, conforme a
Constituição Federal, ostenta-se da União). O poder central cede os direitos na
proporção de não precisar do espaço para
fins de utilidade pública. A desapropriação advém conforme as necessidades e os valores da indenização são fixadas pelos
critérios destes (governo). Uns, achando muito donos, “degladiam-se até a morte”
para preservar posses, no que não passa
duma ilusão. Os bens, na prática, são um empréstimo e paga-se onerosos impostos
e taxas para usufruir deles.
O prazer da vida consiste em viver dias felizes e significativos,
e nada de desperdiçar o precioso tempo pensando em ilusões. Somos, no máximo,
donos do nosso conhecimento e vida, quando, ao material, possuir o suficiente
empréstimo para ostentar qualidade de vida. O indivíduo imagina certas realidade
porém a prática quotidiana revela-se efêmera!
Guido
Lang
Livro
“Histórias das Colônias”
(Literatura
Colonial Teuto-brasileira)
Crédito da imagem: http://terradeusa.blogspot.com.br/p/o-labirinto.html