O produtor, como
improvisado cortador de mato, procurou limpar determinada área. A queimada,
velho ensinamento indígena, foi empregada como arte de limpeza e trabalho!
As folhas e galhos,
de início, pareciam negar as chamas. A combustão, com o ressecamento, tomou
vulto. As imensas labaredas, em minutos, tomaram ares de tragédia!
O descontrole adveio
com a leve brisa. Algumas baforadas de ar alastraram o sinistro. O combate, em
função da intensa queima, impossibilitou maior ação e aproximação!
O trabalhador, para
não perder a empilhada lenha, obrigou-se a recorrer a água. Este, às pressas,
necessitou canalizar águas para diminuir danos e suavizar prejuízos!
O dolorido reforçou a
velha sina: a impossibilidade de brincar e subestimar o poder do fogo. O
trabalho, em minutos, some-se nas chamas! Materiais transformam-se em cinzas!
Os estragos, diante
do poder da combustão, revelam-se incontáveis ao solo. O fácil carece de ser o
recomendável! Quem conhece a calamidade carece de efetuar fogo!
As histórias, de
queimadas em macegas e roças, revelam-se comuns nos interiores. Qualquer rural
possui interessantes relatos sobre os descontroles nos brejos e roçados!
Os sinistros, na narração oral, redobraram os cuidados
com a ação do fogo. Um bom fogão, para o uso controlado e pacífico das chamas,
abençoa qualquer ambiente e lar!
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano
das Vivências”
Crédito da imagem: http://meioambiente.culturamix.com/natureza/queimadas-em-florestas