O cidadão, na
aparência de perdido no grande centro urbano, encontra-se a almoçar. A
necessidade de revigorar as energias revelou-se inadiável!
Este, como forasteiro
e viajante, encontrava-se solitário e triste. Ninguém, amigo ou familiar,
encontra-se presente para maiores conversas e gentilezas! Um mero indivíduo a
mais entre os outros muitos milhares!
A morena, nunca vista
nos almoços, aconchega-se apressada e preocupada ao estabelecimento. Ele, no
momento da entrada ao restaurante, cumprimenta-a e a convida para sentar na
mesa.
Ela, nos segundos
subsequentes, reluta em aceitar e confiar em estranhos. Esta, numa ímpar
surpresa, aconchega-se para fazer amizade e companhia.
A cidadã, nos
primeiros procedimentos, procura largar bolsa, reservar lugar e servir-se no
buffet... A convivência ocasional, entre muito diferentes e estranhos, tornou-se
um fato.
A amizade, para ser
criada no interior da massa humana das megalópoles, ostenta-se uma pérola. O
princípio vigente consiste em “cada qual para si e Deus para todos”.
As partes, em
inúmeras outras ocasiões (a partir desse momento), trocaram conversas e
parcerias. Os diálogos comuns e longos tomaram a primazia dos encontros!
As pessoas, nas
cidades, escolhem uns poucos para coexistir. Os demais, muitos outros
semelhantes, vêem-se descartados e relegados! A impossibilidade de conviver com
todos ostenta-se impossível e inviável!
Aprender a coabitar com diversos e estranhos, como velhos
conhecidos e parceiros, tornou-se uma necessidade social. As palavras certas,
nos momentos próprios, aproximam as pessoas. O cidadão, entre os milhões e
bilhões de semelhantes, necessita ostentar uns aconchegados e íntimos.
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://gastronomiadescomplicada.blogspot.com.br