O
cidadão, na querela de gerações, observou uma modesta e improvisada junção e
reunião. Os familiares, no sabor do calor de verão, reuniram-se no encerrar da tarde!
A
família, avô, pai, mãe e filhos (dois), encontraram-se assentados em frente a
casa. A conversa, outrora animada e mútua, assumiu ares da modernidade na periferia
urbana!
O
tradicional intercâmbio de sucedidos deixou de existir. Os membros, na conversa
informal, relatavam experiências e vivências. O fato aproximava e unia os integrantes!
A
preocupação, na intensa comunicação (da atualidade), consiste em mexer em
aparelhos. Jornal, rádio e televisão, em bom número, tornaram-se desinteressantes
e dispensáveis!
O
quadro descreveu: Avô estava de gaiato. O pai telefonou a fornecedores. A mãe ocupou-se
das redes sociais. Filhos interessaram-se nos joguinhos dos celulares!
A
conversa viu-se inexistente. Amigos e conhecidos careceram de atenção e
cumprimento. Os aparelhos, no vício da tecnologia, assumiram o centro das
preocupações!
A
realidade, na informática, descreve novas vivências. As pessoas vivem antenadas
e próximas aos aparelhos. Os indivíduos veem-se senhor do próprio tempo e
umbigo!
A
convivência informal tornou-se chatice e supérflua. As relações, restritas ao
grupo da idade, tornaram-se dilema. A moda verifica-se em desleixar o perto e
priorizar a distância!
O
resultado trará a geração de solitários. A convivência, na indiferença, verá
dificuldades de estabelecer contatos. Os próximos, no descaso, ignoram-se como
estranhos!
Indivíduos, na
multidão de semelhantes, convivem como “ilhas perdidas no oceano da vida”. As banalidades
e futilidades absorvem o centro das atenções e preocupações!
Guido Lang
“Crônicas das
Vivências”
Crédito da imagem: http://redeglobo.globo.com/