O andarilho, nas perambulações
das rodovias, caiu no descuido e relapso. O calor, no antecipado, consumiu óleo
do motor. A moto, no superaquecimento, incidiu no derretimento de peças. A saída,
no atrapalhado do trajeto, foi empurrar e solicitar socorro. A empreitada, no alongado
rumo, esgotava forças. O cerro acima, no empurrado, debela qualquer vivente. O estranho,
na tarefa de divino anjo, parou para averiguação e suprimento. O fato, no
cochilo e socorro, foi exteriorizado. O compadecido, no solidário, foi buscar ajuda.
A mecânica, na extensão de quilômetros, ajustou amparo. Os condutores, no ardil
das duas rodas, nutrem enaltecedor e valoroso espírito. Os motoqueiros, no largado
e isolado dos problemas, avaliam dureza das vias. O breve auxílio, na obra de minutos,
decorre em “mão divina”. O empenhado, em certa ocasião, retribui gentileza. Os
motoristas, na psicose das autoestradas, necessitam-se no mútuo. A obrigação, na elementar chance, calha em
ser distinto anjo.
Guido Lang
“Fragmentos
de Sabedoria”
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