O mercador, em fachada
de loja, instituiu firma de serraria. O ponto, no lugar ermo, parecia inibir
denúncias e restringir clientes. O negócio, na escamoteada venda, caía no
escuso e reprimido da legislação. O produto, no entreposto de armas, acorria no
camuflado e cavado da empresa. Os conhecidos, na derradeira confiança, viam-se seus
clientes. Os pessoais, no conjunto das falas (informais), divulgaram comércio e
ponto. Os compradores, na “fala branda e economizada”, acudiam em aquisições e
encomendas. A notícia, no assunto de boca em boca e ouvido em ouvido, foi “viajando
as paragens”. A ciência, na certa altura, achegou-se as autoridades. A batida policial,
no baque, adveio no confisco dos artigos. O processo judicial, no instituído das
leis, tomou vulto. O fato, na contravenção, descreve dificuldade de nutrir
discrição. As informações, no indevido, caem cedo no inadequado. A proibição,
no altivo ganho, incita os ilícitos. As
pessoas, no lugar das convivências, detalham as vivências.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
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