A invernia, na demasiada
umidade, origina intensa cerração. O vapor d’água, nas baixadas e vales, mantém
cerradas as paisagens e visões. Os carvoeiros, na queima acirrada das lenhas
(em fornos), instigam moléstias e temores. A fumaça, na mescla do prodígio humano
e natural, cria cheiroso e tenebroso ar e negrume. O lobisomem, nas ambulações
das retiradas linhas (Germana Fundos/Teutônia/RS e Linha Brasil/Paverama/RS), “entra
no parafuso” e sufoco. A respiração, na imprudência, institui mal estar n’alma.
O fator animal, na discreta e retraída criatura, altera psique. A atmosfera, nos
devassados rumos (na contraída fuligem), induz na moléstia. A indisposição, na paragem,
demuda gênios e impulsos. Os cães, na analogia canina, dobram-se no desenhado
do pseudo-homem. Os alertas, nas incursões, conferem cochilo. O alvo, na carne
e sangue, incide nos contratempos. A ficção, na anomalia da conduta, instituiu
conto e mito. As pessoas, no sobrenatural,
aferem bisbilhotice e receio.
Guido Lang
“História
das Colônias”
Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Neblina-Tomando-a-Paisagem/