O senil, na qualidade
de defunto, afluía em velório. O funeral, em concisa hora, incidiria no rumo (do
último descanso). Os filhos, em meia dúzia, avolumaram-se em reunião (de
acertados). O certo momento, em esdrúxula petição, decorreu em obra. Os componentes,
em encerro (da porta da casa mortuária), solicitaram ocasião (em particular). A
exótica conduta, em repelidas visitas, despertou indiscrição. A execução, em artifício,
sobreveio no reservado. O procedimento, em inusitado, constou na extração. Um
filho, em arranque (de resguardado alicate), exteriorizou ação. O finado, na
extração (dos dentes de ouro), despontou deduzido. Os íntimos, em “violação do jazigo”,
receavam caso. O metal, em riqueza familiar, calhou no negócio de esperto. O
miserável, no desenlace, aflui no melhor repouso. O dinheiro, em jogo, externa
conduta. Os humanos, em demanda grana,
prestam-se ao insonhável e saque.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
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