O sujeito, na classe
de aluno, passou comprimido e encerrado anos. Os educandários, em circulados, ensinaram
consumos e lecionaram crenças. O cálculo e língua, em disciplinas básicas, viam-se
“inseridas goela abaixo”. O teórico, no assimilado (de duas décadas), ignorou essencial
(ao sustento). O principal, na obra da formação (oficial), falseou no orientado
(dos múltiplos cursos e fases). O empírico, no convívio (prático e social), apontou
indispensável aprendizagem e substância. A sabedoria, no básico, caía na racional
gerência e multiplicação monetária. O escasso dinheiro, no auferido (do suor), faltava
das explicações e modelos de administração (na capitalização e propagação). O efeito,
no diário da supervivência, incidia em persistidas penúrias e servilismos. O amigo,
em colega de infância, auferia pouco e avultou império. O erudito, no epílogo,
“bateu na porta do aparente iletrado” (na “imploração de serviço”). A situação das finanças, no capitalismo,
define êxito ou malogro existencial.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: http://www.posfacio.com.br/