O sensato cidadão, na
obra do trabalho, vivia na amostra das avessas. As iniciativas, em vários
serviços, afluíam na canseira e cessação. O sujeito, na real, parecia “procurar
quem inventou o suor no ofício” (no interesse de dar uma “sova de pau”). O bolso,
no contínuo, caía na falta de grana. Os impetrados misteres, no breve padrão, afluíram
em “afronta e insulta profissão” (agricultor, ambulante, educador, motorista,
vigia...). A ocasião, no certeiro cargo, vislumbrou exercício (na carreira
pública). A cátedra, em vereador, sucedeu no legislativo. Os votos, na arte da convicção,
instituíram tarimbado político. As funções, no parco tempo, firmaram ardil (das
discussões e falas). O ócio, em intermináveis excursões e reuniões, assumiu execução
e paixão. O salário, no desenlace (do mês), afluía no avultado e extraordinário.
A experiência, no emprego, criou disposição e vocação. O ditado, na manha dos
antigos, ratificou ditame: “O boêmio, na
falta de esforço e serviço, inventa em ser político”.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Político”
Crédito da imagem: http://www.colegioweb.com.br/
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