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sábado, 5 de março de 2016

A despercebida transcrição


O celebrado homem, na ambição, versou em avultar riqueza. A sensata área, no encravado no círculo urbano, acorreu no mercado imobiliário. O lote, na estirpe humilde, adentrou no litígio judicial. O cobiçoso, na decisão judicial, precisou rubricar termo. Os papéis, no consecutivo dos meses, incidiam na idêntica redação. As alterações, na data, ocorriam no exclusivo. O exótico, no tempo, arrastou-se no imbróglio. Os advogados, na certeira ocasião, modificaram modesto termo. O subscritor, na ação do acelerado e idêntico, subscreveu papelada. A decorrência, na bobeada, constituiu-se na devolução do imóvel. O bem, aos originais donos, acabou restituído. O desonesto, no artifício, abonara “pulos de raiva”. A advocacia, na esperteza, apanhou corruptor de “calças curtas”. A lição, em documentos, convém entender e ponderar nas linhas e entrelinhas. Os negócios, nas disputas e escritas, sobrevêm viciados em implícitos e interesses. Os cochilos sucedem em remorsos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.ambito-juridico.com.br/

A irrealizável petição


O sujeito, na florescida idade, aparou na agonia e rogação. A vida, no temerário mercador e político, afluiu no cartaz e honra. A riqueza, na subtração dos humildes, consistiu avultada nos bilhões. Os imóveis, em edifícios e terras, espalharam-se pelas esquinas. As cátedras, na hierarquia estatal, foram conquistadas nas urnas. As firmas, em cifras várias, jazeram constituídas. A reputação, nas longínquas paragens, achegou-se da eficaz chefia e gerência. As pessoas, na afeição ou aversão, eram ferrenhos adeptos ou rivais. O camarada, no desfecho da essência, precisou abonar obras. A morte, na aflição e martírio, “dava os ares”. O ser, na doença e lesado, requeria em ser enterrado vivo. O autoextermínio, na fraqueza, acorria na impossibilidade. Os próximos, em auxiliares, torciam pelo desenlace final (no fado). O fato, na lição, expõe fugacidade das arrogâncias e fortunas. A pessoa, na seara, colhe o amanhado. As maldades, na cota das receitas, acertam na usual dolorosa morte.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://medob.blogspot.com.br/2011/01/taphofobia-medo-de-ser-enterrado-vivo.html

O intencional equívoco


O auxiliar, na classe de caixa de banco, ansiou abonar outra de esperto e proveito. O vencimento, no confrontado aos realizados gastos, caía no problema de cobertura. O juízo, na transação, havia em complementar renda. O modesto cidadão, no feitio de filho das colônias, transcrevia-se de distraído e tolo. O sujeito, na sensata ocasião (saque), auferiu elevada quantia. O dinheiro, na disfarçada atenção, caía na contagem do atendente. O numerário, no granel de mil reais (vinte notas de cinquenta), fora dito no valor. O intencional, no acertado maço, consistiu em deixar cair e faltar uma nota. A cilada, na visão do bancário, acorria em aspecto de cochilo. O cliente, no baque, discerniu malandrice. O recebedor, no fluxo do balcão, aferiu conjugado de dez maços. A exigência, no decurso, foi da falta de um cinquentão. O estranho, na laia de freguês, confirmou ardil e exclusão. O servidor, em escassas semanas, esvaneceu da agência e função. A retidão, no cartão de competência, assevera confiança e trabalho.

Guido Lang
“Fragmento de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://produto.mercadolivre.com.br/

terça-feira, 1 de março de 2016

O apelo aos amigos


O assalariado, no consecutivo, foi erigindo casa. O alvo incidiu em evadir-se dos créditos e infindáveis meses de prestação. O dinheiro, no parco, exigia capitalização e engenho. O pedreiro, no cunhado, despontou no exclusivo contratado. O assistente, em auxiliar da obra, mostrou-se no próprio. A empreitada, na ocasião das férias e finais de semana, tomou tempo e vulto. A consorte, no ínterim, absorveu-se nos afazeres e gastos da limpeza e mesa. A dupla, no esfomeado das jornadas, exigia líquidos e refeições (na exatidão). A construção, no sensato período, achegou-se na composição da chapa e viga. O par, no exclusivo do concreto, caíria no demorado. O arrojado, na situação crítica, apelou à elegância dos amigos. O pessoal, em três horas e seis homens, deu mão no domingo (manhã). O custeio, na consideração, sucedeu na farta mesa. O pouco, no contíguo das jornadas, brota na monumental obra. Os motivados, nas desventuras, atinam atitudes práticas de saídas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.acritica.net/

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Os adversos moldes


O sujeito, na classe de profissional autodidata e braçal, encorpa no pesado o sustento. O ofício, na condição de pedreiro, exige destreza e energia. O horário, na entrada e largada, calha no clássico cronômetro. O trabalho, na densa argamassa e pedra, avulta horas e suor. O apropriado assistente, no acessório, apressa e facilita a obra. O enigma, no bom apresto da massa, advém na propriedade dos afazeres. O laborioso, no fecho das semanas, avalia na ponta da língua as empilhadas horas. O cálculo, no crédito, flui no saldo espontâneo. O dinheiro, no construtor/dono, decreta cobertura no atenho. O numerário, no amontoado semanal da pesada mão, escorre no frouxo modo. Os achaques, na porção do baralho, bebida, cigarro e folia, absorvem o fruto do trabalho. A expressão exibe: O sujeito, no difícil auferir dinheiro, precisaria gastar na segura mão. O amassa-barro, no afortunado, acorre na infrequência da sorte do apostador. As impróprias atitudes, no prático, educam nos adversos moldes.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria"

Crédito da imagem: http://virusdaarte.net/pedro-pedreiro/


A miscelânea de funções


O sujeito, no instruído das colônias, assimilou alma aprimorada e mudável. Os pais, na circunstância das matas, morros e roças, versaram em instruir nas obrigações e problemas. Os misteres, na labuta rural, acorriam na pluralidade de afazeres e funções. O filho das colônias, nos acasos e bruscos, deve idealizar e improvisar saídas. A expressão, na ciência empírica, denota manejar variedade de ações e utensílios. O operoso, no experto, deve saber de tudo um pouco. A fórmula, no teste, abarca arrumação, construção, cozinha, criação, plantação... O fato, na conjuntura das migrações, tornou indivíduo característico nas cidades. O disciplinado, no chão do campo, tornou-se especial no plano das oficinas. A utilidade, na inteligência, avalia-se nas épocas das crises. A contratação, no ofício, anda baixa e escassa. O prático, no contíguo dos afazeres, ganha expressão na ascensão dos postos. Os pais, no calejado das vivências, tratam de educar filhos nos preceitos das origens.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.baixaki.com.br/papel-de-parede/41060-vida-rural-ii.htm

Pintura de Antonio Gomes Comonian.

Imagem meramente ilustrativa.


Os segredos dos porões


As habitações, no modelo de edificação dos antigos, caíam nos benévolos e extensos porões. As espessas obras, em madeiras e pedras, desafiam ações do tempo. Os ambientes, no decurso das estações e gerações, variaram valiosos paióis. Os residentes, em produções e petrechos, formaram depósitos e dispensas. Os utensílios, no abrigado e estirado, descrevem evolução das ciências e técnicas. Os ajuizados, no período da nacionalização (1939-1945), trataram de sepultar acervos (bibliográficos). Os poupadores, no numerário em reservas, versaram de soterrar jóias/moedas... Sensatas moradas, em colunas, inventaram de improvisar camuflados castelos e fortes. O ambiente, no extremo calor ou frio, assistiu-se no abrigo das intempéries. Os ataques, na mostra da Revolução Federalista (1893-1895), sinalizaram defesa e esconderijo. As famílias, no agradável do fresco e sombrio, trataram de consagrar atmosfera. Os porões, no padrão das edificações, contam ciência e fortuna dos idealizadores.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1438086

Imagem de Rene Hass, 2011.