O sujeito, na florescida
idade, aparou na agonia e rogação. A vida, no temerário mercador e político, afluiu
no cartaz e honra. A riqueza, na subtração dos humildes, consistiu avultada nos
bilhões. Os imóveis, em edifícios e terras, espalharam-se pelas esquinas. As
cátedras, na hierarquia estatal, foram conquistadas nas urnas. As firmas, em cifras
várias, jazeram constituídas. A reputação, nas longínquas paragens, achegou-se
da eficaz chefia e gerência. As pessoas, na afeição ou aversão, eram ferrenhos adeptos
ou rivais. O camarada, no desfecho da essência, precisou abonar obras. A morte,
na aflição e martírio, “dava os ares”. O ser, na doença e lesado, requeria em ser
enterrado vivo. O autoextermínio, na fraqueza, acorria na impossibilidade. Os próximos,
em auxiliares, torciam pelo desenlace final (no fado). O fato, na lição, expõe fugacidade
das arrogâncias e fortunas. A pessoa, na seara, colhe o amanhado. As maldades, na cota das receitas, acertam
na usual dolorosa morte.
Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”
“Fragmentos de Sabedoria”
Crédito da imagem: http://medob.blogspot.com.br/2011/01/taphofobia-medo-de-ser-enterrado-vivo.html
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