O certo vereador, em módico
negociante (de linha), reelege-se na sucessão das legislaturas (municipais). Os
residentes, em parcela do retirado lugarejo, conhecem “ardil do ente público”. O
negócio, no manobro humano, imita molde do “dono amansar cachorro”. Os
naturais, no usual, atribuem escassa estima ao aprovado direito. O eleitorado,
nas três centenas de apoiadores (no universo dos dois mil eleitores), aferem-se
trocados no mimo. As festas, nos casos das sextas-feiras, acodem regadas na
gratuita carne (churrasco) e cerveja. O carteado, no armazém, completa distração
e paixão. Os afeiçoados, em alongadas distâncias, afluem em excepcionais
amigos. Os parceiros, no ensejo do pleito, restituem confiança e elegância. A tarefa,
em vereador, aufere bom salário. A cobrança, na inspeção, segue limitadas
ciências. O negociante, na certa feita, afiançou: “O complicado, na política, versa
em manter-se certo e honrado”. Os ingênuos,
no banal benefício, comerciam benzido sufrágio.
Guido Lang
“Histórias
do Cotidiano Político”
Crédito da imagem: https://kekanto.com.br
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