O paciente, na moléstia,
tratou de buscar recursos e remédios. Os tratamentos, no variado, tomaram clínicas
e prontos-socorros. A circunstância, nas perspectivas de cura, arrastou-se nas delongas
e promissões. O dinheiro, no amontoado da vivência, foi empregado nas soluções (medicinais).
O tempo, no oneroso, geriu no gasto. O doente, na sensata altura, ficou na indigência.
A natureza, na abstração da ingerência (cura), transcorreu no desígnio da circunstância.
O resignado, na carência de grana, faleceu no abreviado tempo. A medicina, na aflição
e extinção, cai em admirável comércio. O mérito médico, na obra, subsiste na extensão
dos recursos. O sujeito, na doença, é largado na penúria. O fulano, no juízo, confia
em meio ao receio. Os profissionais, na longevidade, carecem em ser exemplo. O
modesto e saudável, na aspereza do sustento, delineia bem-estar e tempo. O
artificial e luxo, no inativo, precipitam doença e morte. A existência, na ajustada época, acorre em “limite do sopro”.
Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”
Crédito da imagem: http://unicastelo.br/
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