O ardil, no passado campestre,
via-se banal no contíguo das linhas. Uns residentes, no isolado e retirado dos domínios,
caíam no receio de gente. Os naturais, na achegada de estranhos e mascates, incidiam
no abrigado e oculto. As crianças e mulheres, em reservado, encarceravam-se no interno
das casas. Os visitantes, nas frestas da aparência de domicílio cerrado,
viam-se ajuizados e reparados. O receio, em ataques e vendas, incidia na
aversão e negativa. As moradas, no comum, eram fechadas na falta dos cônjuges. Os
parceiros, na faina no cerne das lavouras, nutriam-se afastados em sensatos horários.
A presença, na associação masculina, conduzia no aberto e arejo dos recintos. A
mudança, no ingresso da mídia e instrução escolar, diminuiu encanecido
artifício. Os casos, no insolado, mantêm-se nos grotões e matos. A facilidade,
em acessos e veículos, alterou costumes e tradições. As moradas, no comum cerrado (janelas e portas), externam dúbia e sinistra
índole dos residentes.
Guido Lang
“Fragmentos
de Sabedoria”
Crédito da imagem: http://imoveis.mitula.pt/
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